sábado, 20 de abril de 2013

Capítulo 2

Mudamos para novo endereço: http://sourceforge.net/projects/lfsptbr/

Obrigado!

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Mais um capítulo pronto.

No meu sistema, Kubuntu 12.04, não houve qualquer problema. Todos os comandos e verificações solicitadas pelo livro foram facilmente executadas sem quaisquer transtornos.

Até agora tudo bem.

Segue o pdf: 03_LFS_pt_BR.pdf

E o texto:

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Parte II – Preparação para construção do Sistema

Capítulo 2. Preparando uma nova partição

2.1. Introdução

Neste capítulo, a partição que recebe o sistema LFS é preparada. Nós criaremos a partição, o sistema de arquivos e montaremos o mesmo.

2.2. Criando uma nova Partição

Como muitos outros sistemas operacionais, LFS é geralmente instalado em uma partição dedicada. A abordagem recomendada para construir um sistema LFS é usar uma partição vazia ou, se você tem espaço suficiente em disco, criar uma nova partição.
Um sistema mínimo necessita de uma partição com cerca de 2.8 gigabytes (GB). Isso é espaço suficiente para armazenar e compilar todos os pacotes. Entretanto, se você pretende usar o sistema LFS como sistema Linux principal, mais programas provavelmente serão instalados e você precisará de mais espaço. Uma partição de 10GB é um tamanho razoável que permite crescimento do sistema. O sistema LFS em si não vai usar muito espaço. Uma boa parte desse espaço requerido é para proporcionar espaço para armazenamento temporário. A compilação de pacotes pode necessitar de muito espaço de disco que será recuperado após a instalação dos pacotes.
Devido ao fato de nem sempre haver memória RAM (Random Access Memory – Memória de acesso aleatório) suficiente para os processos de compilação, seria uma boa idéia usar uma pequena partição como swap. A partição swap para o sistema LFS pode ser a mesma usada pelo sistema anfitrião, nesse caso não seria necessário criar outra partição.
Inicie um programa de particionamento de disco como cfdisk ou fdisck com a opção em linha de comando indicando o disco rígido no qual a partição será criada – por exemplo /dev/hda para o primeiro disco IDE ( Integrated Drive Electronics).
Crie uma partição Linux nativa e uma partição swap, se necessário. Por favor, recorra ao cfdisk(8) ou fdisk(8) se você ainda não sabe como usar esses programas.
Nota
Para usuários experientes, é possível usar outros esquemas de partição. O novo sistema LFS pode ser instalado em um volume lógico LVM ou RAID. Entretanto, algumas dessas opções requerem um initramfs, o que é um tópico avançado. Esses métodos de partição não são recomendados para quem usa o LFS pela primeira vez.
Lembre-se da designação da nova partição (e.g., hda5). Este livro irá se referir a esta partição como partição LFS. Sempre-se também da designação da partição swap. Esses nomes serão necessários posteriormente para o arquivo /etc/fstab.

2.2.1. Outros assuntos relacionados a Partições

Pedidos de ajuda com relação a particionamento de disco são frequentemente enviados à lista de correio do LFS. Esse é um assunto muito subjetivo. O padrão para a maioria das distribuições é usar todo o disco, exceto uma pequena partição para swap. Isso não é ideal para o LFS por vários motivos. Isso reduz flexibilidade, faz com que o compartilhamento de dados entre múltiplas distribuições ou entre sistemas LFS seja mais difícil, faz com que backups consumam mais tempo, e podem desperdiçar espaço de disco devido à alocação indeficiente do sistema de arquivos.
2.2.1.1. A partição raiz (root partition)
Uma partição raiz no sistema LFS (não confundir partição raiz (root partition) / com /root) com 10GB é uma boa escolha para muitos sistemas. Ela disponibiliza espaço suficiente para construir o LFS e muito do BLFS, mas é pequena o suficiente para permitir que outras partições sejam criadas facilmente para experimentação.
2.2.1.2. A Partição Swap
A maioria das distribuições automaticamente cria uma partição swap. Geralmente o tamanho recomendado da swap é o dobro da memória RAM, entretanto isso raramente é necessário. Se há limitações com relação a espaço de disco, mantenha a partição swap com 2GB e monitore o a quantidade de memória swap que é consumida.
O uso da memória swap nunca é uma coisa boa. Geralmente você pode dizer se o sistema está usando a swap simplesmente prestando atenção na atividade de disco e observando como o sistema reage a comandos. A primeira reação em caso de uso da swap deve ser verificar o uso irracional de algum comando, por exemplo a tentativa de editar um arquivo de 5GB. Se o uso da memória swap se tornar uma ocorrência normal, a melhor solução é comprar mais memória RAM para seu sistema.
2.2.1.3. Partições de Conveniência
Há várias outras partições que não são necessárias, mas deveriam ser consideradas quando do design do layout do disco. A lista seguinte não é abrangente, mas serve como um guia.
  • /boot – Altamente recomendada. Use essa partição para armazenar o kernel e outras informações relacionadas ao boot. Para minimizar potenciais problemas de inicialização com discos grandes, maça dessa partição a primeira na partição física no seu primeiro disco. O tamanho de 100MB é adequado.
  • /home – Altamente recomendada. Compartilhe seu diretório de usuário (home) e personalizações entre múltiplas distribuições ou sistemas LFS. O tamanho é geralmente grande e depende do espaço de disco disponível.
  • /usr – Uma partição /usr separada é geralmente usada quando se disponibiliza um servidor para um cliente com pouca demanda ou uma estação de trabalho sem disco. Normalmente não é necessário para o LFS. O tamanho de 5GB vai servir para a maioria das instalações.
  • /opt – Esse diretório é mais útil para o BLFS onde múltiplas instalações de pacotes grandes como Gnome ou KDE podem ser instalados sem embutir os arquivos na hierarquia da pasta /usr. Se usado, 5 a 10GB geralmente é suficiente.
  • /tmp – Um diretório /tmp separado é raro, mas útil se configurando um cliente com poucos recursos. Esta partição, se usada, geralmente não precisará exceder 2GB.
  • /usr/src – Esta partição é muito útil para disponibilizar uma localização para armazenar os arquivos-fontes do BLFS e compartilhá-los entre os sistemas LFS. Também pode ser utilizado como um local para construção dos pacotes BLFS. Uma partição razoavelmente grande de 30-50GB é o suficiente.


Quaisquer partições separadas que você queira que sejam montadas durante o boot precisam ser especificadas no arquivo /etc/fstab.

2.3. Criando um Sistema de Arquivos na Partição

Agora que uma partição em branco foi construída, o sistema de arquivos pode ser criado. O sistema mais amplamente usado no mundo Linux é o “second extended file system” (ext2), mas com os novos discos de alta capacidades, sistemas de arquivos com journaling estão se tornando cada vez mais populares. O “third extended filesystem” (ext3) é um melhoramento do ext2 e é amplamente usado, apresentando capacidade de journaling e compatibilidade com os utilitários E2fsprogs. Nós criaremos um sistema de arquivos ext3. Instruções para a criação de outros sistemas de arquivos podem ser encontradas na página http://www.linuxfromscratch.org/blfs/view/svn/postlfs/filesystems.html.
Para criar um sistema de arquivos ext3 na partição LFS, execute o seguinte comando:
mke2fs -jv /dev/<xxx>
Substitua <xxx> com o nome da partição LFS (hda5 no nosso exemplo anterior).
Nota
Algumas distribuições usam algumas customizações nas suas ferramentas de ciração de sistemas de arquivos (E2fsprogs). Isso pode causar problemas quando inicializando no seu novo LFS no Capítulo 9, uma vez que essas características não serão suportadas pelo E2fsprogs instalado no LFS; você receberá uma mensagem de erro similar a “características de sistema de arquivo não suportadas, atualize seu e2fsprogs” (“unsupported filesystem features, upgrade your e2fsprogs”). Para verificar se seu sistema usa melhoramentos customizados, execute o seguinte comando:
debugfs -R feature /dev/<xxx>
Se a saída contiver características além de has_journal, ext_attr, resize_inode, dir_index, filetype, sparse_super, large_file ou needs_recovery, então seu sistema anfitrião pode ter melhoramentos customizados. Neste caso, para evitar problemas, você deveria compilar o pacote normal E2fsprogs e usar os binários resultantes para recriar o sistema de arquivos na sua partição LFS:
cd /tmp
tar -xzvf /path/to/sources/e2fsprogs-1.42.7.tar.gz
cd e2fsprogs-1.42.7
mkdir -v build
cd build
../configure
make #note que não rodamos 'make install' aqui intencionalmente!
./misc/mke2fs -jv /dev/<xxx>
cd /tmp
rm -rfv e2fsprogs-1.42.7


Se você está usando uma partição swap existem, não há necessidade de formatá-la. Se uma nova partição swap foi criada, ela deve ser inicializada com este comando:
mkswap /dev/<yyy>
Substitua <yyy> com o nome da partição swap.

2.4. Montando a Nova Partição

Agora que um sistema de arquivos foi criado, a partição precisa se tornar acessível. Para fazer isso, a partição precisa ser montada em um ponto de montagem arbitrário. Para os propósitos deste livro, assume-se que o sistema de arquivos está montado na pasta /mnt/lfs, mas cabe a você escoher o diretório.
Escolha um ponto de montagem e atribua o mesmo à variável de ambiente LFS executando:
export LFS=/mnt/lfs
A seguir, crie o ponto de montagem e monte o sistema de arquivos do LFS executando:
mkdir -pv $LFS
mount -v -t ext3 /dev/<xxx> $LFS
Substitua <xxx> com a designação da partição LFS.
Se estiver usando múltiplas partições para o LFS (e.g., uma para / e outra para /usr), monte as partições usando:
mkdir -pv $LFS
mount -v -t ext3 /dev/<xxx> $LFS
mkdir -v $LFS/usr
mount -v -t ext3 /dev/<yyy> $LFS/usr
Substitua <xxx> e <yyy> com os nomes das partições apropriados.
Assegure-se de que essa nova partição não está montada com permissões que são muito restritivas (tais como nosuid ou nodev). Execute o comando mount sem quaisquer parâmetros para ver que opções são usadas na partição LFS montada. Se as opções nosuid ou nodev, e/ou noatime estão sendo usadas, a partição deve ser remontada.
Se você estiver usando uma partição swap, assegure-se de que ela está habilitada com o comando swapon:
/sbin/swapon -v /dev/<zzz>
Substitua <zzz> com o nome da partição swap.
Agora que há um lugar estabelecido para o trabalho, é hora de baixar os pacotes.


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Vamos ao Capítulo 3. ;-) 

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